segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Governo faz proposta para pagamento da GID

No dia 29 de Julho, a SESAB apresentou a proposta de Avaliação de Desempenho a representantes das entidades médicas (ABM, CREMEB e Sindimed) e do Sindisaúde.


O governo propôs dividir a avaliação em duas: individual e institucional. A avaliação individual será inicialmente baseada somente na assiduidade do trabalhador. Já a avaliação institucional será baseada em critérios como taxa de ocupação, tempo de permanência entre outros. O percentual acima da GID mínima que cada cada funcionário terá direito será calculado de acordo com as somas das duas avaliações tendo a individual um peso de 40% e a institucional um peso de 60%.


Como exemplo, hipoteticamente, tendo uma GID mínima de 1000 reais e uma GID máxima de 2000 reais:


Trabalhador com avaliação individual máxima e avaliação institucional máxima: receberá a GID mínima + 100% da diferença entre GID máxima e mínima = 100%(2000 - 1000) + 1000 = 2000 reais


Trabalhador com avaliação individual mínima e avaliação institucional máxima: receberá a GID mínima + 60% da diferença entre GID máxima e mínima = 60%(2000 - 1000) + 1000 = 1600 reais


Trabalhador com avaliação individual máxima e avaliação institucional mínima: receberá a GID mínima + 40% da diferença entre GID máxima e mínima = 40%(2000 - 1000) + 1000 = 1400 reais

Trabalhador com 50% da avaliação individual e 50% da avaliação institucional: receberá a GID mínima + 50% da diferença entre GID máxima e mínima = 50%(2000 - 1000) + 1000 = 1500 reais


No caso em que esse cálculo seja menor do que o valor atual recebido pelo servidor, este continuará recebendo o mesmo valor.


Além disso foi informado que a avaliação individual dos médicos com carga horária de 12h será limitada a 20%, assim estes profissionais só poderão alcançar 80% da GID máxima. O secretário alegou que esta medida vem para diferenciar o valor entre os médicos de 12 e 24h.


Uma dúvida crucial, respostas tangenciais e contraditórias


Os representantes dos servidores questionaram se existe uma estimativa de qual percentual de avaliação as unidades receberiam hoje.


O funcionário da SESAB afirmou que não sabia porém intuia que nenhuma receberia 100%. Em contradição o funcionário da SAEB informou que já foi feito um levantamento do impacto financeiro utilizando o histórico das unidades passado pela SESAB. Foi cobrado que o governo apresente os valores absolutos aproximados do cálculo no máximo dentro de 15 dias.


Risco do servidor ser penalizado por problemas de gestão


Os representantes das entidades médicas foram unânimes em apontar o risco do servidor ser penalizado por problemas de gestão ou estruturais os quais fogem às suas atribuições. Foi citado o exemplo de um paciente do HGRS que espera por internação domiciliar há 7 meses. Casos como este podem levar a avaliação institucional, e consequentemente o salário do servidor, para baixo. Assim, dadas as condições de assistências atuais, mesmo que todos os servidores cumpram com suas obrigações com afinco nunca conseguirão avaliação máxima.


REDA e municipalizados esquecidos


O secretário Jorge Solla foi bem claro ao afirmar que os médicos do REDA e os municipalizados não receberão este aumento da GID. Prontamente as entidades sindicais protestaram.


Municipalizados esquecidos (parte 2)


Na reunião questionou-se porque os médicos municipalizados que voltaram a trabalhar na rede própria da SESAB não recebem o valor equivalente aos estatutários com a mesma carga horária. O representante do Sindimed reforçou que já existe uma lista na SESAB com os nomes de todos os municipalizados com direito a receber o valor reajustado. Jorge Solla ordenou que a superintendência de recursos humanos verifique a situação destes médicos.


Entidades cobram ajustes no PCCV


As entidades dos trabalhadores deixaram claro a sua insastifação com a proposta apresentada. Pontuaram que é um absurdo os vencimentos dos servidores serem compostos em mais de 2/3 por gratificação em vez de salário base. Além disso realçaram a necessidade de outras providências para acabar com as distorções no PCCV como incorporação da maior parte da GID no salário base, implementação da progressão e promoção e enquadramento por tempo de serviço dos funcionários antigos.


Uma nova reunião foi agendada para o dia 12 de agosto. Ficou acertado também que o governo criará uma página eletrônica com as informações sobre o cálculo da GID.

Fonte: Boletim eletrônica LUTA MÈDICA - SINDIMED

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