quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ASSEMBLÉIA REFORÇA LUTA POR HONORÁRIOS MÉDICOS DIGNOS


Na segunda-feira, dia 30, em assembleia ocorrida na sede da Associação Baiana de Medicina, ABM, foi colocada em pauta atual relação dos médicos com a Saúde Suplementar, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), o Setor Público e o piso salarial dos médicos.

Os temas debatidos constituem polêmicas e questões atuais fundamentais ligadas à prática da profissão médica.

No encontro, foi considerada unânime a opinião de que as remunerações concedidas pelos planos de saúde estão aquém do que seria digno para uma boa prática da medicina.

A assembleia apontou a necessidade de nacionalização e fortalecimento do movimento para a adoção da CBHPM.

Ficou decidido realizar assembleias bimestrais, que devem ter início no dia 14 de dezembro, com uma reunião das entidades médicas (Cremeb, Sindimed e ABM) com as sociedades de especialidades médicas.

Durante a assembleia foram apresentadas as propostas de reajuste de honorários pelas empresas Promédica e Unidas.

Foi decidido acolher a proposta do grupo Unidas, que elevou o valor unitário das consultas de R$42 para R$45.

Contudo, o presidente do Sindicato, José Caires Meira, faz uma ressalva: “É uma proposta que ainda não alcança o patamar mínimo da última edição da CBHPM.

Nossa intenção é manter a mobilização e o diálogo constante com as operadoras para a valorização dos honorários.”

A proposta da Promédica deve ser discutida na reunião do dia 14.

O Presidente da Associação Baiana de Medicina, Antonio Vieira Lopes, foi entrevistado pela Assessoria de Comunicação do Cremeb e manifestou opiniões incisivas com relação à Saúde Suplementar Brasileira.

Para o presidente, os honorários mal pagos forçam o médico a ferir o Código de Ética Médica, por não poder oferecer as condições de atendimento ideais para o paciente.

“Com as baixas remunerações, o médico não pode arcar com os custos da medicina que ele pratica”, explica Vieira Lopes.

Como solução para este problema, o presidente da ABM vai mais longe e defende inclusive o descredenciamento da saúde suplementar.

“Defendo o descredenciamento dos médicos dos planos de saúde, o médico não deveria ter envolvimento com o plano. O paciente deveria pagar e depois buscar seu reembolso.”

Para Dr. Caires o descredenciamento é uma solução ideal para a categoria, mas foge à realidade.

“Como sindicalista, meu compromisso é defender o que a maioria dos médicos quer, e o descredenciamento é uma proposta sem adesão, pois o número de médicos que gostaria de continuar credenciado é muito grande. O papel das entidades é lutar pelo ideal e abraçar o que é possível. Sabemos, no entanto que é preciso uma mobilização da categoria para conseguir resultado melhores. Nossa idéia é de que a CBHPM seja adotada e que os honorários sigam o que ela determina.”

Para o presidente do Cremeb, Cons. Jorge Cerqueira, o mais importante é a retomada da luta pela dignidade médica, pela CBHPM. e por uma remuneração justa para os médicos.

“Este movimento nasceu na Bahia e esperamos que renasça com força e se espalhe pelo Brasil”, afirmou Jorge Cerqueira.

A reunião do dia 14 de dezembro acontecerá na sede da ABM, às 19:00h (R. Baependi, Ondina - Salvador).

O portal do Cremeb divulgará, assim que definida, a agenda de assembleias

Extraído do sítio do CREMEB

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