Mais uma tirada do portal da Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
O juiz Abelardo de Azevedo Silveira negou a proposta do Ministério Público de arquivamento do processo contra o vereador Peterson Prado, que ofendeu a classe médica quando declarou, em sessão da Câmara Municipal de Campinas, que a maioria dos médicos se vende para laboratórios.
O vereador terá de prestar esclarecimentos sobre suas afirmações.
"Uma vitória do decoro e da dignidade", resumiu Moacyr Esteves Perche, presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região - Sindimed - autor do processo. O promotor sugeriu a extinção do processo com base na falta de interesse processual, com a alegação de inconstitucionalidade, mas o juiz se sensibilizou com a argumentação do sindicato, determinando o seguimento do processo.
O Sindimed entrou na Justiça no dia 8 de junho com ajuizamento de interpelação judicial criminal contra o vereador Peterson Prado (PPS), por suposta prática do crime de injúria previsto no artigo 140 do Código Penal. O processo corre na segunda vara criminal de Campinas. O que motivou a ação "Ao dizer durante sessão da Câmara Municipal de Campinas que a maioria dos médicos se vende para laboratórios, o vereador Peterson Prado tomou uma postura, no mínimo, leviana".
É o que pensa a diretoria do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região diante da declaração feita durante a discussão do Projeto de Prevenção de Doenças Renais Crônicas, na sessão ordinária do dia 13 de maio, que indignou a categoria, ao colocar em dúvida a idoneidade dos médicos em geral.
"Queremos que seja apurado se nas declarações de Peterson Prado houve quebra de decorro parlamentar, uma vez que o vereador proferiu palavras desonrosas e de forma generalizada contra a classe médica durante sessão ordinária da Câmara Municipal", explica o presidente do Sindimed.
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