E O HOSPITAL, HEIM! FUROU DE NOVO...

Fiquei aqui no meu diário futucando na ferida. Fazendo picuinha mesmo. Desde muito tempo eu já sabia que o hospital não ia sair mesmo. E tenho de testemunha todas as pessoas que me perguntaram sobre e todas que eu fiz questão de falar sem ser perguntado.

Não. Definitivamente não tenho bola de cristal. Não adivinho o futuro. Só aprendi a conviver com charlatões.

Abusar da boa fé do público, como está lá no “Pai dos Inteligentes” quer dizer charlatão.

Esse governo abusa da boa fé. Será que ninguém percebe que isso uma hora cansa? Quem é o responsável por essa política de promessas que não se tem a certeza que serão cumpridas? É preciso detectá-lo no governo e manda-lo as favas. A imagem esta super arranhada. E arranhão no HRE vira UTI.

Onde está a maquete do hospital? Poderíamos expô-la no tal do Pedrão. Cadê? Sumiu?

Seria uma homenagem a alma das pessoas que morreram em Eunápolis nos últimos anos vítimas daqueles que não levam a saúde pública a sério. Que morreram sem necessidade e cuja culpa era ser pobre ou ter poucos recusos.

E os culpados são vários. Os que mantiveram a pocilga por todo esse tempo aberta e os que permitiram que funcionasse.

Mas quero aqui reparar o foco do problema. Temos falado sempre sobre o hospital como se ele em si resolvesse o problema da saúde eunapolitana. Mas não. Ele é o fim da linha. O hospital deveria ser responsável por menos de 20 a 15 % dos problemas da saúde.

Assustou-se? É isso mesmo. De 15 % para baixo.

A saúde no seu todo passa principalmente pela prevenção. O Programa de
Saúde da Família (PSF) dentro da sua estratégia resolveria em torno de 85 % dos problemas de saúde da população.

Infelizmente este governo não aprendeu ou nunca quis fazer o dever de casa.

Arrisco no palpite. Para mim. Nunca quis.

Depois explico mais.

Tenho certeza que São Pedro não ta nada feliz ouvindo as histórias dos eunapolitanos pobres que chegam lá no céu pedindo permissão para entrar...